Falsa como uma nota de 3 reais, assim me parece a campanha estrelada pela cantora Sandy para a cervejaria Schincariol, que mais uma vez tenta emplacar sua "grife" Devassa. É certo que a material girl embolsou bem mais do que isso - a cifra é de R$ 1 milhão - para fazer a "dancinha sensual", valha-me, Senhor! Vi e revi o comercial e a moça me parece ter sido representada por uma dublê de corpo, embora realmente saiba dançar.
Não bastasse a associação, a meu ver totalmente equivocada, da "devassidão" ao ícone pop infanto-juvenil - que parece querer se redimir dessa pecha desde que se tornou a senhora Lima, pelos laços sagrados do matrimônio -, a desculpa deslavada do diretor de criação da agência Mood é ainda pior. Aaron Sutter declarou que o lado devasso da cantora está associado ao fato de ela adorar lutas, sendo fã de "Ultimate Fighting". Captou?
O gênero "nunca fui santa" teve destaque na atualidade pela atriz Suzana Alves, quando encarnou a personagem Tiazinha, ícone sadomasoquista, que depois de fazer fotos em "poses sensuais" declarava-se religiosa fervorosa, na tentativa de deserotizar a imagem a ela associada. Com o chicote numa mão e a bíblia na outra, a moça tornou-se uma confusão medonha. Sandy parece trilhar a mesma senda, se me permitem o trocadilho: sem eira nem beira, com um pé em cada canoa, penso que corre o risco de afundar em vez de decolar como sex symbol.
E você, consumidor, vai engolir?
Análise divertida do Jornal Extra: http://extr...a.globo.com/noticias/carnaval/jogo-dos-sete-erros-por-que-sandy-nao-serve-para-fazer-propaganda-de-cerveja-1190297.html
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