quarta-feira, 18 de maio de 2011

Transversalidades marcam o Dia do Museu no MuBE

Museus

O Museu Brasileiro de Esculturas - MuBE - recebeu nesta quarta-feira, em que se comemorou o Dia do Museu, um seleto grupo para discutir o tema Memória, Futuro: transversalidades.


Na abertura dos trabalhos, Olívio Guedes, diretor cultural da instituição, destacou o caráter transdiciplinar do Museu e a rotatividade das obras ali apresentadas que, na sua opinião, "devem entrar no MuBE, ser fotografadas, filmadas, discutidas, gerar catálogos, livros, para depois se retirarem, deixando o espaço vazio para ser preenchido ad eternum". Para Olívio, o museu deve ser visto como um lugar para se retrabalhar e repensar o passado.


Após um breve apanhado sobre a história dos museus, passou a palavra ao Dr. Edson Leite, professor de Patrimônio Histórico na ECA e atual vice-diretor da USP-Leste, que complementou o tema destacando que, se antes o museu era o lugar que servia de abrigo a coleções de objetos raros que atravessaram gerações, hoje se abre a novas possibilidades. Como exemplo, citou o Museu do Botão, que abriga uma coleção desse objeto da vida cotidiana, aparentemente sem valor; ou o Museu da Pessoa, que tem como suporte os vídeos com depoimentos gravados - de pessoas comuns a celebridades. A importância atual dos museus, segundo Edson, não se atém àquilo que mostra nem ao seu acervo, mas à pesquisa que pode ser feita a partir disso.


Na sequência, a Dra. Zélia Ramozzi-Chiarottino, professora do Instituto de Psicolgia da USP, evidenciou a importância dos museus como lugares para a ampliação da consciência no espaço e no tempo, especialmente por meio do resgate da história, representada por seus acervos. Destacou ainda a grande diferença entre as visitas virtuais proporcionadas pelos recursos tecnológicos em contraposição às visitas presenciais: "na Internet as cores e dimensões das obras são diferentes, não causam o mesmo impacto que a obra vista frente à frente". Além disso, na sua opinião, cada vez que se visita um museu - ainda que seja o mesmo - novas impressões são experimentadas, posssibilitando a ampliação da consciência.


No encerramento, Camila Leoni Nascimento e Nelson Luis Colás da FEAMBRA - Federação de Amigos de Museus no Brasil destacaram a importância dessas entidades presentes em 34 países, reunindo cerca de 2 milhões de pessoas. "Os Amigos de Museus operam como embaixadores, apoiando a entidade a que pertencem de diversas formas: divulgação, pesquisa, oferecem seu tempo, conhecimento, produtos ou experiência, disponibilizando também sua rede de contatos inclusive para a captação de recursos".


Um bate-papo descontraído e esclarecedor, que certamente possibilitou ao público presente novos pontos de vista sobre esses espaços em que se debruçam os olhares, nem sempre capazes de enxergar todas as possibilidades ali contidas.

Posted via email from Comunic@ção

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