terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Relacionamentos em rede

São 3.000 pessoas na faixa dos 20 e poucos anos vivendo em calma, ordem e harmonia nas instalações da Bienal. A organização do evento se mostrou eficiente, há muita segurança no espaço exclusivo dos inscritos que pagaram R$100,00 pela participação e hospedagem (em pequenas barracas, no estilo camping) mais R$ 100,00 pela alimentação (estes opcionais) incluindo café da manhã, almoço e jantar. E muita liberdade e diversão no espaço aberto, com entrada franqueada ao público, no piso térreo do prédio com estandes interessantes e diversão grátis.

Como havia anunciado, antes de me inscrever como jornalista, participei do concurso Speedy e faturei uma barraca para acampar; depois, atendendo ao apelo dos organizadores e ao bom senso, cedi o espaço a quem, de fato, dele precisasse. E fiquei feliz por participar da rede solidária, especialmente após ouvir histórias como as de Maurício, 29 anos, e Bruno, 24, dois amigos que vieram de carro, direto do estado do MS, e aportaram em Sampa em pleno domingo, quando o evento ainda não estava disponível para o camping.

Bruno nos conta que havia feito contato com um amigo recente pela net e que este lhe ofereceu hospedagem e lugar para guardar o carro, já que os preços de estacionamento nas redondezas do Ibirapuera são bem salgados. O que confirma o lema do Campus Party, trata-se de uma rede de pessoas e não de computadores interligados.

Além de seu interesse por jogos e palestras, Bruno concorda que o legal mesmo é a oportunidade de conhecer as pessoas que até então eram apenas mais um nome antes do símbolo "@". Supercordial, me convida a experimentar o tererê, bebida típica da região centro-oeste, uma espécie de chimarrão que se bebe gelado, porque lá é muito quente... Isso é compartilhar idéias, sonhos, costumes, cultura. Essa é a rede que se tece com o fio delicado da humanidade que sempre sobrepuja a tecnologia e que deve pensar em fazer dela um uso racional e proveitoso.

Mauricio nos mostra uma versão do Guitar Hero, espécie de game musical, onde os acordes apresentados na tela são reproduzidos numa guitarra que é um misto de brinquedo e instrumento bem interessante. E tem a generosidade de interromper a balada musical para conversar com a gente e posar para as fotos.

Esse é o clima Campus Party: quem pensava encontrar malucos obcecados por computador vai se divertindo com essas histórias repletas de humor, amor e gentis sutilezas.

Fotos: Regina Azevedo

Um comentário:

  1. os mulekes são gente fina e as músicas que tocam são agradáveis. Boa matéria!

    ResponderExcluir

Bem-vindos!

Bem-vindos ao nosso blog!
Um espaço para a divulgação de nossas idéias, sentimentos, informações e impressões.
Deixe seus comentários e sugestões, sua opinião faz diferença:
reginama@uol.com.br
Abracinho de 1 minuto!!!