Como havia anunciado, antes de me inscrever como jornalista, participei do concurso Speedy e faturei uma barraca para acampar; depois, atendendo ao apelo dos organizadores e ao bom senso, cedi o espaço a quem, de fato, dele precisasse. E fiquei feliz por participar da rede solidária, especialmente após ouvir histórias como as de Maurício, 29 anos, e Bruno, 24, dois amigos que vieram de carro, direto do estado do MS, e aportaram em Sampa em pleno domingo, quando o evento ainda não estava disponível para o camping.
Bruno nos conta que havia feito contato com um amigo recente pela net e que este lhe ofereceu hospedagem e lugar para guardar o carro, já que os preços de estacionamento nas redondezas do Ibirapuera são bem salgados. O que confirma o lema do Campus Party, trata-se de uma rede de pessoas e não de computadores interligados.
Além de seu interesse por jogos e palestras, Bruno concorda que o legal mesmo é a oportunidade de conhecer as pessoas que até então eram apenas mais um nome antes do símbolo "@". Supercordial, me convida a experimentar o tererê, bebida típica da região centro-oeste, uma espécie de chimarrão que se bebe gelado, porque lá é muito quente... Isso é compartilhar idéias, sonhos, costumes, cultura. Essa é a rede que se tece com o fio delicado da humanidade que sempre sobrepuja a tecnologia e que deve pensar em fazer dela um uso racional e proveitoso.
Mauricio nos mostra uma versão do Guitar Hero, espécie de game musical, onde os acordes apresentados na tela são reproduzidos numa guitarra que é um misto de brinquedo e instrumento bem interessante. E tem a generosidade de interromper a balada musical para conversar com a gente e posar para as fotos.
Esse é o clima Campus Party: quem pensava encontrar malucos obcecados por computador vai se divertindo com essas histórias repletas de humor, amor e gentis sutilezas.
Fotos: Regina Azevedo
os mulekes são gente fina e as músicas que tocam são agradáveis. Boa matéria!
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